sábado, 17 de abril de 2010

Comércio informal aproveita proximidade do Mundial para lucrar na África do Sul

A menos de 60 dias para a Copa do Mundo, o comércio informal de Joanesburgo já fatura com o torneio. No centro da cidade, uma camisa da seleção anfitriã vai de 160 rands (o equivalente a R$ 40) a 40 rands (R$ 10) na mão dos camelôs. É cerca de quinze vezes menos do que uma comprada em um shopping, que fica em torno de 600 rands (R$ 150). Nas barraquinhas é tudo baratinho, mas nada oficial. A variação de preços, em geral, depende da qualidade da réplica.

- É, essas aqui não são mesmo originais - ri o vendedor. - Mas veja como são parecidas, vale a pena levar uma - insiste.

Rafael Pirrho/GLOBOESPORTE.COM

Imitação da camisa da África do Sul sai por até R$ 10, quinze vezes menos do que a original

Ele diz que por dia comercializa umas 20 camisas, a mesma quantidade que normalmente sai na barraca vizinha. O vendedor foi simpático, mas não quis tirar foto, dar seu nome ou explicar a procedência dos uniformes. 

  Rafael Pirrho/GLOBOESPORTE.COM

Barraca de roupas femininas, com blusas por R$ 6 e calças que valorizam o bumbum

Os produtos da Copa somam-se a uma infinidade de artigos vendidos no comércio informal do centro de Joanesburgo. Há grande variedade de roupas, com destaque para as calças femininas apertadas como as que se vendem no Brasil e para blusas cujo preço equivale a R$ 6. Há também muitos eletrônicos, celulares, tênis, CDs, DVDs e qualquer quinquilharia que custe menos de 10 rands (R$ 2,5). Tem barraquinha que comercializa até ligação telefônica. Um minuto de conversa sai por 0,90 rand.

É um mercadão popular como aqueles encontrados nas maiores cidades brasileiras. Com direito até a locutor de microfone em punho na frente da loja para atrair os clientes.

O comércio informal movimenta o centro de Joanesburgo, que há muito tempo deixou de ser o pólo econômico da cidade. A região ainda conserva uma quantidade de prédios como nenhuma outra em todo o continente, mas vários deles hoje estão abandonados. Por causa do caos, da insegurança e da desorganização do local, muitas empresas instaladas na maior metrópole sul-africana se mudaram. Foram para bairros nobres como Sandton e Rosebank e deixaram, literalmente, o centro para trás.
  

Rafael Pirrho/GLOBOESPORTE.COM

Na falta de um celular, sul-africano apela para uma barraquinha de telefone

 Rafael Pirrho/GLOBOESPORTE.COM

De microfone na mão, locutor chama os fregueses para a sua loja

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